O amor é capaz de se transmutar e assumir várias formas. No contexto da saúde mental, especialmente no hospital, esse sentimento aparece tanto na relação entre profissionais e pacientes quanto no próprio processo de autocuidado.
Na relação com o psicólogo, o amor ganha contornos de chave capaz de permitir ao sujeito se abrir para expor e explorar relações emocionais, compreender padrões que influenciam seu comportamento e sofrimento, bem como para ser cuidado. A relação de confiança estabelecida entre psicólogo e paciente possibilita um espaço de reflexão, reavaliação e ressignificação de suas vivências.
Além do psicólogo, outros profissionais de saúde desempenham papéis fundamentais na construção de uma rede de cuidado técnico, científico e filosófico, mas também afetivo. Enfermeiros, psiquiatras e terapeutas trabalham juntos para oferecer apoio e acolhimento ao paciente, promovendo um ambiente de compreensão e respeito. O cuidado e o carinho – amor – mesmo nas ações mais simples, ajudam a fortalecer a autoestima e a confiança.
Um ambiente seguro e a interação saudável com os profissionais, sustentada pelo amor transferencial e pelo cuidado genuíno, desempenham um papel crucial no tratamento de cada sujeito. Há ainda outra forma de amor essencial para o tratamento: o amor próprio. É importante que o paciente comece a desenvolver uma relação mais saudável consigo mesmo, reconhecendo seu valor e aprendendo a cuidar de si.
Em um ambiente como o hospital, onde a vulnerabilidade é evidente, fortalecer a autoestima e a confiança do paciente é fundamental para que ele se sinta capaz de enfrentar seus desafios emocionais e seguir em frente em seu tratamento.
No Dia 14 de fevereiro, celebramos o Dia do Amor, uma data que nos lembra da importância de valorizar todas as formas desse sentimento, especialmente aquelas que promovem a saúde mental.
Lívia Milhorato, Acadêmica de Psicologia
Data:13/02/2025
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