Por: Alline Hellen Moreira, coord. do setor de psicologia do Instituto HEAL e Jéssica Houri Cossenzo, psicóloga.

Data: 04 de abril de 2024

Ao escrever este texto, nosso objetivo não é pressupor um conceito correto ou mesmo único de Saúde e Qualidade de Vida, nem compartilhar uma receita do que fazer para alcançar tais condições. Um dos critérios essenciais para promoção da saúde e qualidade de vida é o desejo da pessoa de se sentir bem e satisfeita em relação à própria vida. Sendo assim, quais atitudes e condições ajudariam as pessoas a se sentirem dessa forma? Considerando, a princípio, os aspectos comuns a todos os seres humanos, podemos pensar em alguns fatores relevantes, como ter acesso a uma alimentação de qualidade, moradia e renda dignas, espaço de cuidado com a saúde mental, suporte familiar, amizades, dentre outros. 

E como alcançar tudo isso diante das desigualdades existentes em nossa sociedade? Muitas pessoas não terão acesso aos direitos citados acima e, infelizmente, essa realidade faz parte de nossas vidas. O que podemos fazer hoje é focar em nós mesmos e nos movimentarmos, dentro de nossas possibilidades, para alcançar uma melhor qualidade de vida e assim ter meios para incentivar, com o nosso exemplo, todos aqueles que estão ao nosso redor. Dessa forma, podemos gerar pequenas transformações que contribuem imensamente para a construção de um contexto mais digno para nossa população. 

Outra pergunta importante é: o que poderia influenciar a escolha de hábitos saudáveis em uma sociedade que valoriza tanto o consumo de alimentos gordurosos, jornadas de trabalho extensas, individualismo e excesso de informações e estímulos visuais? Nasce daí a importância da celebração do Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, pois, ao tornar pública a importância deste debate, estimulamos a conscientização sobre pequenas escolhas da vida que interferem diretamente no modo como cada sujeito se relaciona consigo mesmo e com o próximo.