Por: Mariane Mendes, Analista de Ensino

Data: 18 de setembro de 2024

O painel II “O papel do farmacêutico na saúde mental” começou com uma fala de Paulo Oliveira, que destacou a importância do trabalho multidisciplinar na área da saúde mental. Paulo Oliveira ressaltou que nenhum profissional atua isoladamente; ao contrário, cada membro da equipe contribui no cuidado com o paciente. Citando a frase "Para conhecer o verdadeiro conhecimento, primeiro é preciso conhecer o desconhecimento", ele sublinhou a necessidade de integração entre diferentes especialidades para um tratamento mais eficaz e completo.

Paulo abordou a importância de conhecer profundamente o paciente para compreender seu processo de tratamento. Ele descreveu as etapas que o paciente perpassa, desde o pré-diagnóstico até a vida pós-condição clínica, e destacou o papel crucial do farmacêutico em esclarecer e desmistificar os efeitos colaterais dos medicamentos. Essa transparência ajuda a melhorar a adesão ao tratamento e o resultado geral da terapia, ao mesmo tempo em que levam em consideração as vulnerabilidades individuais do paciente.

A discussão continuou com a exploração dos fatores de vulnerabilidade que podem afetar a educação em saúde e a literacia. Explicou que é essencial entender a condição clínica e o contexto psicossocial do paciente, incluindo o apoio familiar, o sistema de saúde, e as influências socioeconômicas e ambientais. Esses fatores podem impactar a eficácia do tratamento e a capacidade do paciente de seguir as orientações médicas.

Fernanda Serrano foi convidada para falar sobre o papel do farmacêutico na gestão hospitalar, começando com a questão de muitos se perguntarem se há farmácia dentro dos hospitais. Ela explicou que a farmácia hospitalar possui dois braços principais: o administrativo e o assistencial. A gestão envolve a padronização de medicamentos, controle de estoque, e a supervisão da distribuição e segurança dos medicamentos. No aspecto assistencial, o farmacêutico realiza o acompanhamento farmacoterapêutico, garantindo a eficácia e segurança dos tratamentos.

Paulo Oliveira detalhou os serviços clínicos farmacêuticos e a educação em saúde, destacando a importância da adesão ao tratamento e da minimização dos erros medicamentosos. Ele enfatizou a necessidade de um acompanhamento contínuo, incluindo a detecção e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. A literacia em saúde, abordada por meio de palestras e orientações durante a alta farmacêutica, visa melhorar a compreensão do paciente sobre o uso de medicamentos e o manejo de efeitos colaterais. Esses esforços colaboram para maximizar a eficácia do tratamento e assegurar a segurança do paciente.

Por fim, encerrou-se o painel II com a exemplificação dos avanços no cuidado farmacêutico, como realização de auditoria interna, orientação farmacêutica após a consulta médica e alta farmacêutica, recomendações à equipe médica, participação nas discussões de casos.